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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Arnold Gehlen Alma na era tecnica: problemas de psicologia social na sociedade industrializada. Livros do Brasil: Lisboa antropologia cibertecnia filosofia cibernetica


Arnold Gehlen
Alma na era tecnica: problemas de psicologia social na sociedade industrializada.
Livros do Brasil: Lisboa


A teoria de Gehlen é ambiciosa, dado abranger a arte (estética) e a moral, bem como o problema da autoridade funcional, em vez da estratificação em classes sociais, a atenuação social da desigualdade de bens, e a cultura industrial global.

Sua noção de "experiência em segunda mão" e definir o indivíduo predominante na sociedade actual como um «ser em segunda mão»:

Cada um traz na cabeça um mundo imaginário de informações acumuladas sem sentido, com escassa coesão, consistindo somente de esboços de resultados e processos cujo valor objectivo e verdadeira substância está fora do alcance do seu julgamento, mas que parecem ser peremptórios e de palpitante interesse. Esta experiência em segunda mão estende-se a todo o planeta.

Por conseguinte, o nosso mundo pode ser descrito como um caos de informação incoerente de material imaginário, a descoberto e inacabado, que se encontra em rápida transformação e, ademais, superiluminado.

O processo é irreversível; tem de se aumentar as quantidades de produtos para fazer face ao aumento populacional e ao aumento de exigências; mas, dever - se - i a prever o processo e calcular os custos espirituais e morais enquanto é possível. E, a propósito diremos: este sistema não se baseia apenas no direito a uma vida confortável, tende também a tornar impossível a posição contrária, isto é, o direito a renunciar á vida confortável e isto porque produz e automatiza as atividades de consumo.

Este é um livro essencial para compreender o pensamento e história sobre este assunto.






Brochura original, com 159 pgs, escasso, saiba mais ...
 
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domingo, 18 de janeiro de 2015

Estudo Perspicaz das Escrituras Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados editora: Do Autor ano: 1992






Estudo Perspicaz das Escrituras

Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados

editora: Do Autor

ano: 1992

Livros em bom estado de conservação; estante a52-x6. capas-dura verde ilustrado em letras douradas; Uma verdadeira luz sobre como tudo era na antiguidade.

“O objetivo desta publicação é ajudá-lo a fazer um estudo perspicaz das Escrituras. Como se faz isso? Por ajuntar de todas as partes da Bíblia os pormenores que se relacionam com os assuntos em consideração. Por trazer à atenção palavras das línguas originais e seu sentido literal. Por considerar informações relacionadas da história secular, das pesquisas arqueológicas e de outros campos de ciência, e pela avaliação disso à luz da Bíblia. Por prover ajudas visuais. Por ajudá-lo a discernir o valor de agir em harmonia com o que a Bíblia diz”


“Embora os seguidores de Cristo talvez fossem perseguidos e até mesmo assassinados pela causa da justiça, não deveria suceder que sofressem por terem cometido assassínio ou outros crimes”

 “excomunhão ou desassociação judicial de infratores, que assim deixam de ser membros ou associados de uma comunidade ou organização. No caso de sociedades religiosas, é um princípio e um direito inerentes nelas, e é análoga aos poderes de pena capital, de banimento e de exclusão do rol de membros, exercidos por entidades políticas ou municipais”  


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Teologia, história do cristianismo, filosofia religiosa, exegese, hermenêutica, analise crítica, cristandade, protestantismo, ortodoxismo, catolicismo, comunidades cristãs remotas, igreja perseguida, conflitos religiosos, pós-cristianismo, teologia evangélica, teologia reformada, mariologia, pais do deserto, monasticismo, teologia libertação, liberal, história da igreja brasileira, etc... 

 Sociedade Torre de Vigia de Biblias e Tratados. International Bible Students Association - Brasil  
Watch Tower Bible and Tract Society of Pensilvania. 

(Fred Franz)


1966

Livro usado, bom estado de conservação, 411 pg., escasso, não perca, saiba mais ...


Livro  editado pelas Testemunhas de Jeová, com as famosas ilustrações e tabelas.  
Ciências Teológicas, capa dura em tela original de editora, com pgs, com ilustrações, escasso, não perca, saiba mais ...  


Livro essencial para compreender o pensamento teológico das Testemunhas de Jeova. 

é um dos melhores livros sobre a história moderna das testemunhas de Jeová!

tem uma linguagem clara e objetiva, com certeza uma ferramenta poderosa nas mãos de qualquer estudante, que queira conhecer a história das testemunhas de Jeová, vale apena ler e reler ...


O livro foi publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Pensilvânia.



Raro livro onde encontra-se diversas pronunciações da Sociedade Torre de Vigia, ... vale apena ler e reler.


O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová pretende que as Testemunhas de Jeová e o público em geral, fique bem informados sobre a história da sua religião segundo a sua perspectiva oficial.

Esta obra é um registro oficial, informativo e abrangente  sobre as Testemunhas de Jeová e suas concepções teológicas doutrinárias, escatológicas, dogmáticas e apologéticas.

O Deus Todo-poderoso tem manifestado sua bênção sobre o nome, pois os filhos de sua esposa, Sião, são o povo que tem seu nome, ‘povo para o seu Nome’. 

A designação ‘Testemunhas de Jeová’ se tem tornado símbolo da mensagem e testemunho concretos no tocante ao novo mundo de justiça de Deus; tem-se tornado o emblema duma sociedade do Novo Mundo que se forma agora. 

Temos condição de conseguir muitos outros títulos sobre o assunto:


Teologia, história do cristianismo, filosofia religiosa, exegese, hermenêutica, analise crítica, cristandade, protestantismo, ortodoxismo, catolicismo, comunidades cristãs remotas, igreja perseguida, conflitos religiosos, pós-cristianismo, teologia evangélica, teologia reformada, mariologia, pais do deserto, monasticismo, teologia libertação, liberal, história da igreja brasileira, etc... 


Desde o tempo de Ussher, fizeram-se estudos intensivos da cronologia bíblica. Neste século vinte, realizou-se um estudo independente que não acompanha cegamente certos cálculos cronológicos tradicionais da cristandade, e a tabela de tempo publicada, resultante deste estudo independente, fornece a data da criação do homem como sendo 4026 A.E.C.* Segundo esta cronologia bíblica fidedigna, os seis mil anos desde a criação do homem terminarão em 1975 e o sétimo período de mil anos da história humana começará no outono (segundo o hemisfério setentrional) do ano 1975 E.C.  


Assim, seis mil anos da existência do homem na terra acabarão em breve, sim, dentro desta geração. Jeová Deus não tem limite de tempo, conforme está escrito no Salmo 90:1, 2: "ó Jeová, tu mesmo mostraste ser uma verdadeira habitação para nós durante geração após geração. Antes de nascerem os próprios montes ou de teres passado a produzir como que com dores de parto a terra e o solo produtivo, sim, de tempo indefinido a tempo indefinido, tu és Deus." Portanto, do ponto de vista de Jeová Deus, a passagem destes seis mil anos da existência humana são apenas como que seis dias de vinte e quatro horas, pois este mesmo salmo (versículos 3 e 4) prossegue, dizendo: "Fazes o homem mortal voltar à matéria quebrantada e dizes: 'Retornai, filhos dos homens.' Pois mil anos aos teus olhos são apenas como o ontem que passou e como uma vigília durante a noite." Assim, dentro de poucos anos em nossa própria geração atingiremos o que Jeová Deus poderia considerar como o sétimo dia da existência do homem.


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Revistas: Despertai. Testemunhas de Jeová - Watch Tower Bible and Tract Society. 


Watch Tower Bible and Tract Society of Pensilvania. 

A Sentinela: anunciando o Reino de Jeová. Revista Torre da Vigia.

Religião Sociedade Torre de Vigia de Biblias escatologia teologia hermeneutica Apologia apologetica cristã pesquisas doutrina dogmatica, práticas, costumes, história, etc ...

Nathan N. Knorr, Um só mundo, um só governo, New York, Watchtower. Bible and Tract Society, 1944.

Testemunhas de Jeová, Paz, pode durar? New York, Watchtower Bible and Tract Society, 1942. Dossiê Nº. 50-G-033.

Veio o Homem a Existir Por Evolução ou Por Criação? (1968).

Cumprir-se-á, Então, o Mistério de Deus. 1971.

É Esta Vida Tudo o Que Há? (1975)

A Verdade que Conduz à Vida Eterna foi publicado originalmente em 1968.

Bíblia. Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. edição de 1967.

 Coisas em Que É Impossível Que Deus Minta. 1965.

1971, Ajuda ao Entendimento da Bíblia (quatro volumes) 

1941, "Filhos" J F Rutherford. (último livro)

1971, "As Nações Terão de Saber que Eu Sou Jeová" — Como? 

1971, Escute o Grande Instrutor 

1946. A verdade vos tornará livres.

1971, Manual da Escola do Ministério Teocrático 

1972, Curso da Escola do Ministério do Reino 

1958. Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado.

1972, O Paraíso Restabelecido Para a Humanidade — Pela Teocracia! 

1972, Organização Para Pregar e Fazer Discípulos 

1973, Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos 

1973, Comprehensive Concordance of the New World Translation of the Holy Scriptures 

1973, Verdadeira Paz e Segurança — De Que Fonte? 

1974, É Esta Vida Tudo o Que Há? 

1974, O "Propósito Eterno" de Deus Triunfa Agora Para o Bem do Homem 

1974, O Paraíso Restabelecido para a Humanidade - Pela Teocracia! 

1975, Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial! 

1976, Boas Novas — Para Torná-lo Feliz 

1976, Espírito Santo — A Força por Detrás da Vindoura Nova Ordem! 

1976, Sua Juventude — O Melhor Modo de Usufruí-la 

1977, A Vida Tem Objetivo 

1977, Brilhando Como Iluminadores no Mundo 

1977, O Reino de Deus — Nosso Iminente Governo Mundial 

1978, Meu Livro de Histórias Bíblicas 

1978, Torne Feliz Sua Vida Familiar 

1979, A Escolha do Melhor Modo de Vida 

1979, Comentário à Carta de Tiago 

1980, Felicidade — Como Encontrá-la 

1980, "Venha o Teu Reino" 

1982, Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra 

1983, Unidos na Adoração do Único Deus Verdadeiro 

1984, Sobrevivência Para Uma Nova Terra 

1985, A Vida — Qual a Sua Origem? A Evolução ou a Criação? 

1985, Raciocínios à Base das Escrituras 

1985, Segurança Mundial sob o "Príncipe da Paz" 

1985, Verdadeira Paz e Segurança — Como Poderá Encontrá-la?.  

O BEIJO DE LAMOURETTE - Mídia, cultura e revolução Robert Darnton Cia das Letras


O BEIJO DE LAMOURETTE - Mídia, cultura e revolução 

Robert Darnton 

Cia das Letras

Tradução Denise Bottmann Capa Ettore Bottini Páginas 336, com ilustração.

Este é um livro que nos fala da história, dos meios de comunicação e da história dos meios de comunicação, mostrando a todo momento como o passado opera subterraneamente no presente, alicerçando e por vezes solapando nossa própria inserção no mundo. 

Nele transparece a análise límpida desse historiador mais interessado em desvendar a multiplicidade de sentidos e a polissemia dos significados do que em desenvolver teorias fechadas, interpretações acabadas e por isso mesmo impenetráveis - e ainda com a vantagem de se dirigir a um público pouco especializado.



Professor Universitário, jornalista e atual diretor da Biblioteca da Universidade de Harvard, o estado-unidense Robert Darnton tem vasta pesquisa sobre livros. Prova do seu interesse por este objeto é que o autor é fundador do programa Gutemberg-e, site da Universidade de Columbia no qual estão arquivados diversos livros, monografias e outros textos. 

Sua participação neste endereço virtual não é, entretanto, abandono do objeto livro – feito de papel e vendido nas livrarias. 

Mesmo com o advento da internet, os livros nunca foram tão vendidos como o são hoje. 

Essa é uma das idéias apresentadas por Darnton em um dos títulos seus publicados no Brasil, A Questão dos Livros.  

Sua última obra lançada, O Beijo de Lamourette, usa elementos da pesquisa sobre editoras, jornais e até best sellers do Iluminismo para discutir a História e suas histórias.  

Na introdução de O Beijo de Lamourette, Robert Darnton escreve: “este é um livro sobre a história, os meios de comunicação e as histórias dos meios de comunicação”. Além de apresentar os temas, o autor esclarece que o livro é reunião de artigos escritos em situações diversas e que, na sua confecção, não houve esforço para que houvesse coerência entre eles. 


Assim, ao leitor de primeira viagem, O Beijo de Lamourette pode ser considerado compilação de artigos acadêmicos e textos mais jornalísticos de um mesmo autor, agrupados por blocos de assuntos. 

A leitura, no entanto, revela pouco a pouco, ideias recorrentes de Darnton que expressam sua postura diante da história e dos historiadores.   Darnton abre o livro com dois textos - um sobre a Revolução Francesa, outro sobre a Polônia. No primeiro, o autor apresenta dados sobre a França Revolucionária - como por exemplo os pais que deram aos seus filhos nomes de La Loi, Liberté e Constitution, ou o ambiente sangrento que havia no país mesmo antes da revolução – os parisienses que passavam no centro da cidade costumavam ter seus sapatos encharcados de sangue –, ou ainda a proposta para que a semana tivesse dez, e não sete dias. 


A descrição parece querer fornecer ao leitor imagens de período em que tudo estava posto em questão, que não só a política, mas a cultura tinha que ser reconstruída. Já no segundo capítulo, Darnton conta da relação dos poloneses com a história - as datas comemorativas oficiais e as não-oficiais, os monumentos aos mortos, a postura diante dos russos e dos alemães. 

Escrito em 1981, o capítulo ressalta que naquele ano já estava formado o Solidarnosc (Solidariedade), força política que chegou ao poder em 1989. Se os poloneses guardavam rancor da guerra e da ocupação nazista, a ocasião na qual foi escrito o texto de Darnton evidenciava sua insatisfação diante do regime comunista. O capítulo mostra justamente essa tensão na consciência histórica dos poloneses: a postura ambígua diante do passado difícil de seu país.   A segunda parte do livro, que fala dos meios de comunicação, traz histórias do passado recente. Fazendo as vezes do cronista, sem encher suas relatos de citações e argumentos de autoridade, Darnton narra episódios curiosos de sua profissão. 

O mais longo capítulo deste bloco nos leva à redação do New York Times na década de 1960. Entendemos boa parte da estrutura do jornal: a hierarquia dos funcionários, as notícias vindas diretamente de policiais que jogam pôquer com os jornalistas, a escolha das manchetes. No lugar de construir discurso abstrato sobre a mídia manipuladora, Darnton relata, por exemplo, o dia em que foi impedido de publicar matéria repleta de escândalos – estupro, morte etc.. – porque ela havia sido vivida por negros e estes não ocupavam lugar de destaque nas páginas principais do jornal. Se essa denúncia choca, o humor com que os outros capítulos são escritos surge em boa medida. É o caso da carta que Darnton escreveu a determinada rede de televisão, que além de cometer grandes erros históricos em roteiro de seriado acerca da Revolução Francesa, transformou aquele momento em grande novela cheia de cenas eróticas entre Napoleão e Josefina.   

As partes III, IV e V do livro apresentam maior rigor acadêmico, o que não significa que a leitura fique chata ou pesada. No capítulo O que é fazer a História dos Livros?, por exemplo, somos apresentados a Isaac-Pierre Rigaud, livreiro que habitava a cidade de Montpellier no final do século XVIII. Rigaud vendeu muitos livros de Voltaire a seus clientes, mas nem por isso deixou de publicar obras de outras áreas, como a Medicina. Na verdade, o livreiro não simpatizava muito com o filósofo Iluminista e estava muito mais comprometido com o comércio do que com as Luzes. Resistente à crise dos livros instaurada na França nas décadas de 1770 e 1780, Rigaud costumava encomendar poucos livros por vez. Os pequenos lotes que o comerciante de Montpellier recebia em sua loja antecipam o que Darnton vai combater em capítulos seguintes: a idéia de que o Iluminismo se propagou homogeneamente na França pré-Revolucionária ou as leituras muito gerais sobre o século XVIII na França, como a que é feita pelo historiador Peter Gay em seu livro sobre o Iluminismo, no qual boa parte dos filósofos tinham aspirações revolucionárias.   Darnton combate sociólogos e historiadores com documentos, relatos e estatísticas. A veia subversiva, implantada por Peter Gay, aos iluministas é questionada pelo autor do Beijo de Lamourette em diversos momentos. É o caso da leitura das obras de filósofos que se declaravam muito mais conservadores do que Gay os pensou ou exame de documentos do Antigo Regime nos quais já aparecem propostas formuladas por funcionários da burocracia francesa e que foram apropriadas na Revolução. Nenhum pesquisador que se arriscou a fazer história da cultura passa impune na leitura do historiador americano. É correto falar de cultura popular analisando obras escritas pelas elites de determinada época? É possível escrever história dos livros excluindo as obras que não se tornaram canônicas, mas que foram muito lidas no passado? O que é uma obra canônica? Como tratar livro como o de Starobinski acerca da vida de Rousseau, que se tornou um clássico para depois ser questionado por Lévi-Strauss e Derrida e abandonado por muitos pesquisadores? É como se, para Darnton, o historiador devesse estar sempre em estado de atenção,sem se deixar seduzir pelos fatos narrados.  Em mais de um momento, Darnton fala da história das mentalités. Se sua crítica aos que se aventuram a entender a cultura passada e a constituir novos campos da história – como é o caso da disciplina ainda em formação que estuda a leitura – é rigorosa, ele não deixa por isso de fazer história. Seu livro nos reporta às longas viagens daqueles que atravessavam a França para transportar livros iluministas proibidos ou às leituras da Bíblia feitas em voz alta nos séculos XVI e XVII. São pequenos episódios do passado que, quando descobertos, modificam o próprio passado. Essa parece ser a unidade do livro de Darnton: em meio à polifonia de assuntos tratados, Darnton nunca esquece de alertar aqueles que se arriscam a fazer história. Suas anedotas não são mero entretenimento ao leitor. São a prova de que a história se faz difícil de apreender. E são também os mortos que chacoalham quem se arrisca a olhar pra trás. A história não é homogênea, chapada, simples, passível de única narrativa. Entender as mentalités do passado é colocar em diálogo vozes dissonantes, achar relatos que contrariam as grandes generalizações.    O final do livro, denominado Bons Vizinhos, coloca a História ao lado da Sociologia, da Literatura e da Antropologia. São disciplinas que podem ajudar os historiadores na história da cultura. Não há defesa de projeto de pesquisa que anule os limites entre história e outras formas de olhar o passado ou declaração de que tudo agora recebe denominação de teoria. Ao contrário, ao contar acerca das disciplinas aliadas da História, Darnton faz novamente isso que aparece e escapa a todo instante: a história. É essa história viva que encontramos do começo ao fim do livro. Disciplina que não se fecha, não se cala. A história não pode ser tão fixa que deixe de assombrar os historiadores. Ela é líquida, maleável. Quem entende isso entende que falar da história, seja em seriado americano sobre a Revolução Francesa, seja em artigos acadêmicos, é também fazer história, uma vez que contar os fatos é também constituí-los deste ou daquele jeito.  O percurso do livro cujo subtítulo é Mídia, Cultura e Revolução é melhor entendido depois do caminho que o leitor percorre. O que é o Beijo de Lamourette? Nas primeiras páginas conhecemos o dono do beijo. Lamourette foi bispo francês que prestou juramento à Constituição. No dia 7 de julho de 1792, quando a França estava ameaçada de invasão da Áustria, a facção dos brissotianos, que levara o país a guerra, estava em disputa com seus adversários e o país não tinha governo, Lamourette propõe o Amor fraterno. E no meio das calorosas discussões da Assembléia, há o rápido instante em que todos se abraçam e se beijam. O que foi o beijo de Lamourette? Pergunta Darnton. O que significou este instante perdido no passado, essa demonstração coletiva de afeto situada em um dos momentos mais célebres da história? Não há resposta para essa pergunta. O espírito que corre o livro, que fala tantas vezes da Revolução Francesa, tem no seu modo de operar essa dúvida colocada diante de todo fato apresentado. A Revolução pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade não aparece com tanta recorrência por acaso. Ela foi o momento da suspensão da dúvida, de reconstrução histórica. Essa é parte do legado que elas nos deixou e que Darnton nos informa: a necessidade de recontar a história, tarefa árdua, certamente sem fim de terminado e nem por isso inútil.  Como historiador, muitas vezes considerado enfadonho pelas pessoas que não se interessam pelo passado, Darnton tem a difícil meta de fazer justiça aos mortos. Se um dia este objetivo for atingido, ele nos declara esperar “recuperar os sentidos com o choque de algo inesperado, como foi o beijo de Lamourette.”

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