Dom Xiquote
D. Xiquote ( Bastos Tigre )
Bolhas de Sabão
Editora: LeiteRibeiro & Maurillo
Ano: 1919
Páginas: 272
Comentário: Livro em bom estado de conservação,apesar da idade, encadernado comcapa dura original. Desenho da capa em auto relevo.
Poesiasalegres de Dom Xiquote.
Philosophia de taxi.
Biblia profana.
Amorismos.
Theatro Miudo Etc.
Durante sua longa trajetória jornalística, Bastos Tigre usou diversos pseudônimos, sendo ?D. Xiquote? o mais conhecido.
Escreveu em quase todos os jornais cariocas,
caracterizando-se pela leveza de estilo e pelo fino sabor humorístico com que tratava todos os assuntos, até mesmo os mais sérios.
caracterizando-se pela leveza de estilo e pelo fino sabor humorístico com que tratava todos os assuntos, até mesmo os mais sérios.
O
seu papel na imprensa brasileira destaca-se tanto como jornalista,
quanto como criador de inúmeras publicações, entre as quais ?Dom
Quixote?, revista humorística surgida em maio de 1917, da qual era
diretor com o seu pseudônimo ?D. Xiquote?, que revelou e projetou o mais
importante núcleo de caricaturistas e desenhistas do país, entre o
princípio do século XX e os seus anos 40.
Foi o iniciador da literatura publicitária, fazendo propaganda para diversos produtos, escrevendo, com o mesmo talento e a mesma inspiração, tanto sobre o amor, quanto sobre um produto farmacêutico; sobre um tema patriótico, ou sobre uma marca de cerveja.
Entre
os mais trabalhos que desenvolveu, destaca-se o ?reclame?: ?Veja,
ilustre passageiro, o belo tipo faceiro que o senhor tem a seu lado. No
entanto, acredite, quase morreu de bronquite: salvou-o o Rhum
Creosotado?.
Em
1916, foi admitido como chefe de propaganda da Cervejaria Brahma, por
indicação de Emílio de Meneses. Pioneiro da técnica publicitária,
concebeu e lançou alguns dos ?slogans? mais criativos da moderna
propaganda do país, entre os quais, o internacionalmente conhecido pela sua originalidade, ?Se é Bayer é bom?, criado em 1922.
Sua atuação como redator de propaganda lhe valeu a consagração pela classe publicitária.
Estreou no teatro, em 1906, onde conviveu com as grandes atrizes de então, com a revista ?O Maxixe?, no Teatro Santana; escreveu para vários gêneros teatrais, como: comédia, opereta, e revista musical, entre outros.
No
rádio, foi um dos iniciadores da rádio-novela, sendo o autor dos
primeiros ?sketches? que foram ao ar pelas emissoras cariocas.
Era
freqüentador da Rua do Ouvidor, da Confeitaria Colombo, rodas boêmias,
teatros e redações de jornais. Seu pai, tentando impedir o tipo de vida
que levava, ?deportou-o? para a Europa, em 1906; de lá, foi para os
Estados Unidos, onde aperfeiçoou-se em eletricidade, na General
Electric. Mesmo longe do país, enviava, regularmente, suas colaborações
para o jornal Correio da Manhã, não interrompendo a sua coluna.
Retornando ao Brasil, em 1909, foi nomeado engenheiro do Serviço Geológico e Mineralógico, oportunidade em que viajou pelo nordeste do país.
Em 1911, casou-se com Concetta Cintra, com quem teve seis filhos, deixando numerosos netos e bisnetos.
Foi o primeiro Bibliotecário do Brasil a prestar concurso.
Em 1915, o fez para o Museu Nacional, obtendo o 1º lugar, iniciando, assim, essa sua carreira. Nesse mesmo ano, foi
nomeado secretário de José Bezerra, Ministro da Agricultura. Posteriormente, dirigiu a Biblioteca da Universidade do Brasil, influenciando a sua modernização; por muitos anos dirigiu a Biblioteca da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), reorganizando as suas coleções e a da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, pelo prazer de lidar com os livros e orientar aos leitores. Cuidar dos livros, além de seu dever profissional, era seu passatempo favorito.
nomeado secretário de José Bezerra, Ministro da Agricultura. Posteriormente, dirigiu a Biblioteca da Universidade do Brasil, influenciando a sua modernização; por muitos anos dirigiu a Biblioteca da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), reorganizando as suas coleções e a da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, pelo prazer de lidar com os livros e orientar aos leitores. Cuidar dos livros, além de seu dever profissional, era seu passatempo favorito.
Referindo-se
ao livro, declarou ser: ?Veículo de idéias, que trouxe o passado até o
presente e levará o presente ao infinito dos tempos?.
Com
a sua visão avançada, logo percebeu a função social da Biblioteca, como
núcleo dinâmico, multiplicador de idéias e do conhecimento e o papel do
Bibliotecário, como
transmissor da informação, elo de ligação do desenvolvimento.
transmissor da informação, elo de ligação do desenvolvimento.
Recebeu, merecidamente, o ?Prêmio Gutemberg?, uma das maiores distinções da classe; foi eleito, também, o ?Decano dos Bibliotecários Brasileiros?. O decreto de 11 de março de 1958, confere-lhe o título de ?Patrono dos Bibliotecários?. A data de 12 de março foi escolhida como o ?Dia do Bibliotecário?, por ter sido a data do seu nascimento.
Através
do Decreto n.º 884, de 10 de abril de 1962, de Tancredo Neves,
Presidente do Conselho de Ministros, ficou instituída a Semana Nacional
da Biblioteca, de 12 a 19 de março, anualmente iniciada, justamente, em
12 de março, por ser o dia do seu aniversário, cujos festejos e
comemorações, quer de caráter cultural ou popular, deverão acontecer em
todo o país, com o patrocínio do MEC.
Dentre
as suas obras, situam-se: Saguão da posteridade (1902); Versos
perversos (1905); O Maxixe (1906); Moinhos de vento (1913); O Rapadura
(1915); Grão de Bico (1915); Bolhas de sabão (1919); Arlequim (1922);
Fonte da carioca (1922); Ver e amar (1922); Penso logo... Eis isto
(1923); A ceia dos coronéis (1924); Meu bebê (1924); Poemas da primeira
infância (1925); Brinquedos de Natal (1925); Chantez Clair (1926);
Zig-zag (1926); Carnaval (1932); Poesias humorísticas (1933); Entardecer
(1935); Parábolas de Cristo (1937); Getúlio Vargas (1937); Uma coisa e outra (1937); Li-vi-ouvi (1938); Senhorita Vitamina (1942); Recitália (1943); Martins Fontes (1943).
Em
1982, expressiva homenagem lhe foi prestada, quando a ABI; a FUNARTE,
através do seu Centro de Documentação e a Companhia de Cigarros Souza
Cruz promoveram uma exposição comemorativa do seu centenário de
nascimento, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, de 12 de março a
4 de abril, contendo: obras de Bastos Tigre; publicações que criou e em
que colaborou; trabalhos jornalísticos e textos críticos sobre sua
obra; fotografias pessoais e de época e diversas peças do variado
universo em que Bastos Tigre conviveu.Temos um vasto acervo sobre essa bibliografia temática.
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