Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego. (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. Este livro ganhou o "Prêmio Jabuti de poesia" de 1995); Alice Ruiz, Regis Bonvicino

Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego. (prosa poética/ensaio). 
Iluminuras, São Paulo, 1994.

 Este livro ganhou o "Prêmio Jabuti de poesia" de 1995); 


Prefácio de Alice Ruiz, Regis Bonvicino


"Antes do Caos, da Terra, do Tártaro, e de Eros... antes de tudo... Narciso, o filho da Náiade, deitava de bruços e se olhava no trêmulo espelho da fonte"



Narciso apresentado por Leminski identifique o espelhar-se com o sofrimento. Alice Ruiz, no prefácio de Metaformose, evoca a filosofia zen-budista cara a Leminski, como um dos motivos que o leva a escolher Narciso como ponto
de partida.

Para os budistas, o ego é o grande criador de ilusões, do mundo das aparência, onde os seres se perdem. 

A poeta vê neste Narciso este ego destrutivo que também (se) petrifica. O próprio jogo com as palavras Eco/Ego - que a passagem do fonema /K/ para /G/ permite- expressa isso. Sem poder  responder a Eco, aos ecos, ao amor, às  ressonâncias, aos outros, Narciso vira puro ego.

 

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