Condição Pós-moderna
David Harvey
editora: Loyola
ano: 1993
descrição: bom estado de conservação, contém 349 páginas .
Não se trata de outra condição pós-moderna, mas de uma análise do contexto histórico que criou o discurso de Lyotard e outros críticos pós-modernos. A obra de Harvey é especialmente importante, não apenas porque fornece um surpreendente marco interdisciplinar para entender as mudanças em curso no mundo contemporâneo, mas também porque aborda de frente os problemas teóricos e epistemológicos que a crítica pós-moderna imprimiu na deimarche das Ciências Humanas.
Harvey situa a condição pós-moderna dentro de uma seqüência histórica, de forma que a sua compreensão só é possível através do acompanhamento de dita seqüência e quando comparada com as etapas anteriores. Nesse sentido o autor vai colocar a pós-modernidade em relação à única condição frente à qual esta se define: a modernidade.
Para construir um discurso sobre a pós-modernidade através de urna compreensão histórica, Harvey se situa fora dessa pós-modernidade, que é tratada corno uma etapa da modernidade. Condição pós-moderna é uma desconstrução modernista do discurso da pós-modernidade. A história, e em particular o materialismo histórico, são usados para analisar uma condição que se apresentaria a si própria como a-histórica.
Ao abordar temas como cultura, arte, arquitetura, urbanismo, cinema, tempo e espaço, David Harvey busca uma reflexão acerca da pós-modernidade e seus reflexos na sociedade contemporânea.
A compressão do tempo-espaço e a condição pós-moderna, o autor parte de um questionamento onde estabelece relações entre a passagem do fordismo para a acumulação flexível e sua interferência nos usos e significados do espaço e do tempo.
Harvey aponta a crise do início dos anos setenta como um período de transição de um padrão de acumulação capitalista rígido (o fordismo e suas forças produtivas) aos novos modos de acumulação do capital (a “acumulação flexível”). Explora a ligação com as novas práticas e formas culturais, considerando: a contribuição das novas tecnologias, o surgimento de uma prática de descartabilidade das coisas, o papel do consumo, da moda e a manipulação de opinião e gosto, a partir da construção de novos sistemas de signos e imagens. O autor tece uma rede de ligações entre estas mudanças ocorridas, o modo como tais trocas se deram e a diversificação dos valores de uma sociedade que, para Harvey, se encontra em vias de fragmentação.
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