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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A BORRACHA - ESTUDO ECONOMICO E ESTATISTICO JOSÉ CARLOS DE MACEDO SOARES LIBRAIRIE DE JURISPRUDENCE L.CHAUNY ET L. QUINSAC - PARIS - 1927

A BORRACHA - ESTUDO ECONOMICO E ESTATISTICO

JOSÉ CARLOS DE MACEDO SOARES

LIBRAIRIE DE JURISPRUDENCE L.CHAUNY ET L. QUINSAC - PARIS -

1927 


PREFÁCIO DO SR. DR. ANTONIO CARLOS(PRESIDENTE DO ESTADO DE MINAS) - capa dura, bom estado, com169 PÁGINAS, escasso, não perca, saiba mais....

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Macedo Soares (José Carlos de M. S.), advogado, industrial, professor, político, diplomata e ensaísta, nasceu em São Paulo, SP, em 6 de outubro de 1883, e faleceu também em São Paulo em 28 de janeiro de 1968. Eleito em 30 de dezembro de 1937 para a Cadeira n. 12, na sucessão de Vítor Viana, foi recebido em 10 de dezembro de 1938, pelo acadêmico Ataulfo de Paiva. 
Filho do dr. José Eduardo de Macedo Soares e de d. Cândida Sodré de Macedo Soares, pertencentes a tradicional linhagem de famílias da sociedade fluminense e paulista. Fez o curso primário na Escola Modelo Caetano de Campos e o de humanidades no Ginásio de São Paulo, bacharelando-se em ciências e letras, em 1901. Em 1905, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo. Depois de diplomado, foi professor de Economia Política e Finanças no Curso Superior da Escola de Comércio Álvares Penteado, de São Paulo, e diretor do Ginásio Macedo Soares. Como advogado, industrial e diretor de múltiplas empresas, o seu nome gozou de enorme prestígio no seu Estado natal. De 1911 a 1928 fez várias viagens de estudo à Europa e aos Estados Unidos. Foi presidente da Associação Comercial de São Paulo, e como tal prestou relevantes serviços durante a revolta de 1924.
Tomando parte saliente nos vários movimentos que culminaram com a transformação política de 1930, foi, pelo presidente Getúlio Vargas, convidado para gerir a pasta das Relações Exteriores, ao iniciar-se o primeiro quadriênio constitucional. Em 1932, seguiu para Genebra, nomeado chefe da Delegação do Brasil à Conferência do Departamento e à 16a Conferência Internacional do Trabalho, e representante do Brasil no Bureau de Administração do BIT. Ao celebrar-se, naquele ano, na Itália, o centenário de Anita Garibaldi com a inauguração do seu monumento no Janículo, Macedo Soares foi enviado a Roma, em missão especial, para representar o Brasil nas festas desse centenário, e ali pronunciou um discurso evocando os laços que ligam a Itália ao Brasil. A par do desempenho dessas missões, ocupava-se, na imprensa e em livros, dos temas diplomáticos brasileiros, de política, finanças, educação e sociologia. De regresso ao Brasil, em fins de 1932, muito contribuiu para a obra de consolidação da paz em São Paulo.
Em 1933, foi eleito deputado à Assembléia Nacional Constituinte. Em julho de 1934, foi nomeado ministro das Relações Exteriores no governo constitucional do presidente Getúlio Vargas, deixando a pasta em 2 de janeiro de 1937. Em julho de 37, foi nomeado ministro da Justiça, ocupando o cargo até 9 de novembro de 1937.
A passagem de Macedo Soares pelo Ministério do Exterior assinalou o revigoramento da melhor tradição diplomática do Brasil, como defensor e propulsor da paz no continente e no mundo. Reclamada a presença brasileira nas conferências que, em Buenos Aires, prepararam a solução pacífica do conflito paraguaio-boliviano do Chaco, Macedo Soares trabalhou pela assistência e colaboração do Brasil na solução do conflito. A visita do presidente Vargas, acompanhado do ministro das Relações Exteriores, coroou, em memoráveis circunstâncias, a cooperação americana do Brasil.
Nomeado, em 1937, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foi o responsável pela instalação desse conceituado órgão da administração federal. A partir de 1939, foi membro da Comissão Brasileira para a Codificação do Direito Internacional. Foi professor e o primeiro diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade do Brasil e da Faculdade de Direito da Universidade do Brasil e da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. Durante muitos anos foi diretor da Liga de Defesa Nacional.
De novembro de 1945 a março de 47, foi interventor federal no Estado de São Paulo. Nomeado novamente ministro das Relações Exteriores, em 1955, no governo Kubitschek, permaneceu no posto até 1958.
Era membro, desde 1939, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual foi vice-presidente e, a seguir, presidente perpétuo; membro da Academia Internacional de Diplomacia; membro da Ordem dos Advogados de São Paulo; sócio honorário da Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnografia; sócio de honra do Liceu Literário Português; membro da Academia Brasileira de Filologia e da Academia Paulista de Letras e membro da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, da qual foi presidente. Pertencia também a inúmeras instituições estrangeiras, entre as quais o Instituto Histórico y Geográfico del Uruguai, a Academia Uruguaya de Letras, a Academia Argentina de Letras, a Academia das Ciências de Lisboa, a Real Academia de História de Portugal, a Sociedade de Geografia de Lisboa e o Instituto de Coimbra. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras em 1942 e reeleito em 1943. 



Obras:

Falsos troféus de Ituzaingó, história diplomática (1920);
Acontecimentos de julho de 1924, história (1925);
A borracha, estudo econômico e estatístico (1927);
O Brasil e a Sociedade das Nações, ensaio (1927);
As eleições presidenciais nos Estados Unidos, ensaio (1928);
A política financeira do presidente Washington Luís, estudo (1928);
O Banco do Brasil, como Banco Central de emissão e redesconto, conferência (1929);
Per aspera ad astra, discurso (1930);
O cardinalato, conferência (1930);
Discursos: Rumos da diplomacia (1937);
Cidade penitenciária (1937);
Fronteiras do Brasil no regime colonial, tese n. 17, apresentada ao Congresso de História Nacional comemorativo do centenário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1939);
Discurso na posse da presidência do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1940);
Santo Antônio de Lisboa Militar no Brasil (1942);
Fontes da história da Igreja Católica no Brasil, história (1954).

A bibliografia de Macedo Soares consta ainda de inúmeros discursos e conferências sobre assuntos administrativos, políticos, econômicos e sociais; discursos e conferências na Academia Brasileira de Letras e relatórios do ministro das Relações Exteriores.


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