Celso Pinheiro
Poesias
[s.d.] 1939.
Piaui.
poesias, capa dura, com uma rara assinatura dedicatória firmada em Teresina na década de 30, livro com 537 pag.coda13-x6,em couro. Livro em bom estado de conservação, capa dura,com uma rara dedicatória e assinatura de um grande nome das letras do Estado do Piaui (Acad. Letras P) para um ilustre escritor piauiense de renome nacional um ícone em sua área de escrita, Higino recomendando a obra.coda13-x10,escasso,um dos raros exemplares que ainda circulam desta obra despojada de medo, por isso mesmo, censurada desde seu nascimento,não perca, saiba mais ....
Trata-se de um grande clássico de caráter universal primordial para a educação. Possui texto de fácil entendimento que estimula o leitor a pensar e refletir sobre o tema proposto.
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O poeta Celso Pinheiro.
Estamos sempre travando lutas contínuas contra as adversidades que insistem em atrapalhar o nosso curso, a dor é uma delas. Celso Pinheiro, seguindo caminho inverso da maioria, fez da dor sua melhor companheira, sua amiga confidente e sua musa inspiradora. Poesias não faltaram, para estimá-la, para comover, para seduzir, para criticá-la, para entendê-la.
Filho de João José Pinheiro e Raimunda Lina Pinheiro, nasce na cidade de Barras (PI), em 24 de novembro de 1887, Celso Pinheiro, proveniente de uma família de 10 irmãos, entre os quais se destaca Breno Pinheiro e João Pinheiro, ambos escritores que assim como Celso, buscaram reconhecimento através das Letras.
Celso Pinheiro não chegou a concluir o estudo secundário, diferente do que aconteceu com seu irmão, João Pinheiro que formou-se no curso de odontologia em 1898 na Bahia.
Órfão de pai aos 13 anos idade, perdendo também a sua mãe três anos depois, Celso logo previa os indícios daquilo que marcaria profundamente sua escrita.
Em 1914, aos 27 anos de idade, Celso Pinheiro apaixona-se e casa-se com Liduína Mendes Frazão, sua fonte inesgotável de inspirações. Com ela teve quatro filhos: Edméa, Celso Filho, Maria e Diva. Assumindo agora novas responsabilidades de pai e marido, Celso começa a trabalhar nas mais diversas áreas. Foi revisor chefe do Jornal “O Piauhy”, escrivão de polícia, professor de Literatura na escola Normal de Teresina, secretário do Liceu Piauiense e chefe do Instituto de Criminalista.
Em 1917, Celso Pinheiro, junto com seu irmão João Pinheiro e outros literatos da época, como Clodoaldo e Lucídio Freitas, Higino Cunha e Antônio Chaves, fundam a Academia Piauiense de Letras com o objetivo de desenvolver e promover a literatura piauiense. Celso Pinheiro assumiu a cadeira nº 10, tendo Licurgo Paiva como patrono.
Celso Pinheiro é intenso, atingia o real frenético e obscuro, fazia o lirismo parecer fácil tal a capacidade de expressar com tanta eloqüência os pesares da vida em sua escrita, ao mesmo tempo em que imagético e sensorial capaz de transportar aqueles que o lêem ao seu mundo poético.
Sua poesia nos conduz para aquilo que, nós seres humanos, procuramos afastá-la: o sofrimento. Expressão simbolista, revelador do metafísico e do idealismo transcendente, o poeta expõe as suas ânsias espirituais, os vincos desoladores da sociedade moderna.
Pela astúcia e sofrimento que irradiam em sua escrita, o autor pode ser considerado um poeta simbolista por excelência
Morreu dia 29 de junho de 1950. Grande parte das obras de Celso Pinheiro ainda encontram-se totalmente desconhecidas do público, restrito à sombra de intelectuais e pequenos círculos literários. A pouca difusão dos seus trabalhos está vinculada diretamente ao período em que elas foram escritas. O primeiro motivo remete-se à localização geográfica da capital. Teresina, por estar afastado dos grandes centros urbanos, intelectuais e publicitários do país, como é o caso Rio de Janeiro, dificultava a propagação das obras do autor e, por conseguinte o seu não reconhecimento. O segundo motivo e não menos importante, está ligado à vida boemia e desregrada levada pelo poeta e o teor da sua escrita ofensiva. As críticas mordazes direcionadas a burguesia lhe conferia pouco espaço para ascender profissionalmente e ser reconhecido, uma vez que a imprensa piauiense era fantoche nas mãos da política local. Ora, ninguém em sua sã consciência iria promover àqueles que transgridem as suas normas, muito menos aqueles que lhes emitissem palavras ofensivas.
Celso Pinheiro exibe um ardil tristeza cravada no âmago do seu espírito, foca-se no lado mais obscuro da existência humana, desmascara com hábil destreza as insuficiências e mazelas que açoitavam sua vida e a sociedade em sua volta.
Celso Pinheiro é um murro na alma daqueles que tem o prazer de se deleitar com sua escrita, pois ele não cria retóricas, é impactante e nós deixa com lágrimas no olhos. Expele sua vida autêntica em todas as suas vertentes e suas virtudes, exibindo suas cicatrizes que nunca se fecharam, resultado dos seus vazios emocionais e espirituais; desafia os homens, “os burgueses pançudos” inativos de pensamento, revelando com isso a desumanidade através da concentração na dor individual. Negar sua obra seria uma leviandade atroz.
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