Maria Lacerda de Moura
Civilização tronco de escravos
1931
Civilização Brasileira
livro em bom estado, escasso, brochura original, não perca, saiba mais ....
importante obra da militante libertária, que lutou intensamente pela renovação do anarquismo: a brasileira Maria Lacerda de Moura (1887-1945).
Escritora, educadora e oradora prestigiada, atuou nos meios políticos e
culturais ao longo de sua vida, e tornou-se importante referência no movimento
anarquista.
Além dos inúmeros livros, artigos e folhetos em que denuncia as múltiplas
formas da dominação burguesa, da opressão masculina e da exploração capitalista do
trabalho, pesquisas recentes revelam que vários dos textos de Maria Lacerda de Moura
podem ser encontrados não apenas nos periódicos brasileiros, mas também nas revistas
libeertárias publicadas na Espanha e na Argentina, entre as décadas de 1920 e 1930.
Crítica radical do capitalismo e dos regimes totalitários, que cresciam em sua época e apostando nas formas autogestionárias de vida em sociedade, assim como na plena liberdade de expressão dos
sentimentos e afetos, Maria Lacerda ataca a moral supostamente revolucionária, ditada pelo
partido político, que, na verdade, visa codificar os atos, controlar os gestos e determinar as
condutas em todas as dimensões:
"Que fantasia esquisita, quando se ama a liberdade, de se divertir em
organizar, isto é, em destruir a liberdade. (...) Toda organização
vencedora torna-se abominável como um Estado ou uma Igreja.(...) O
único refúgio é o amor livre e plural não organizado. A organização
estraga tudo. Organizar a liberdade é criar a servidão. Organizar o amor é
criar os ciúmes e os ódios. O amor plural é um sentimento ingênuo e
natural, doce e inocente como meu gosto pela aldeia na qual dei os meus
primeiros passos e onde organizei meus primeiros olhares."
Formou-se na Escola Normal de Barbacena e trabalhou como educadora, adontando a pedagogia de Francisco Ferrer e lecionando em Escolas Modernas. Em 1920, no Rio de Janeiro, fundou a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que combateria a favor do sufrágio feminino. Após mudar-se para São Paulo em 1921, se tornou ativa colaboradora da imprensa operária, publicando em jornais como A Plebe e O Combate. Em 1923, desagradou outros anarquistas por se referir positivamente às reformas educacionais promovidas pelos bolcheviques na URSS, mesmo após a perseguição política à qual os anarquistas russos sofreram durante e após a Revolução Russa de 1917 ter se tornado pública. Entretanto, também recusou convites para ingressar no recém-formado Partido Comunista Brasileiro. Entre 1928 e 1937, viveu numa comunidade agrícola autogestionária em Guararema, formada principalmente por anarquistas individualistas e desertores espanhóis, franceses e italianos da Primeira Guerra Mundial, "livre de escolas, livre de igrejas, livre de dogmas, livre de academias, livre de muletas, livre de prejuízos governamentais, religiosos e sociais". A repressão política durante o governo de Getúlio Vargas forçou a comunidade a se desfazer, levando-a a fugir para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Mayrink Veiga lendo horóscopos. Fez parte da maçonaria e da Rosa Cruz, mas se distanciou desta publicamente, após saber que sua sede em Berlim havia sido cedida aos nazistas, e desautorizou seu filho adotivo a reconhecê-la, após este ter se associado aos integralistas. Sua última conferência (O Silêncio) foi realizada no Centro Rosa Cruz, ao qual voltou a se ligar ao final de sua vida.
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Bom dia.
ResponderExcluirPor favor, vcs tem o livro "Civilização, Tronco de Escravos"!, de Maria de Lacerda Moura?
Tenho interesse em obtê-lo.
Título: Civilização Tronco de Escravos
Autor: Maria Lacerda de Moura
Editora: Civilização Brasileira, 1931
Num. págs.: 234 páginas