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sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Brejo Alegre Geraldo França Lima Editora Livraria São José 1964
Brejo Alegre
Geraldo França Lima
Editora Livraria São José
1964
com 342 pg, em muito bom estado de conservação.
Geraldo França de Lima, professor, advogado, romancista, contista e poeta, nasceu em Araguari, MG, em 24 de abril de 1914. Eleito em 30 de novembro de 1989 para a Cadeira n° 31, sucedendo a José Cândido de Carvalho, foi recebido em 19 de julho de 1990, pelo acadêmico Lêdo Ivo. Foi casado com d. Lygia Bias Fortes da Rocha Lagoa França de Lima, que faleceu em 2002
É filho de Alfredo Simões de Lima. Com a mãe, dona Corina França de Lima, aprendeu a ler e a escrever, terminando o curso primário, em 1926, no Colégio Regina Pacis, dos padres holandeses. Inocência, de Visconde de Taunay, recomendado por seu pai, foi o primeiro livro que leu (antes de completar 11 anos). Em 1929, seguiu para Barbacena, matriculando-se no internato do Ginásio Mineiro, distinguindo-se no aprendizado de línguas e sendo um dos mais assíduos freqüentadores da biblioteca. Seu primeiro escrito, descrevendo a viagem, que demandou cinco dias, pela antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, de Uberaba a Belo Horizonte, foi publicado no Jornal de Araguari. Em 1932, os estudantes do último ano do ginásio, levados pela efervescência cultural de Barbacena, transformaram o grêmio literário no grupo literário Arcádia Ginasiana de Letras. Geraldo França de Lima foi eleito seu presidente e diretor do jornal O Kepi, seminário de idéias que se tornou famoso em Barbacena. Nesse jornal, apareceram suas primeiras poesias.
Em Barbacena, na quarta-feira da Paixão de 1933, conheceu por acaso João Guimarães Rosa, capitão-médico do 9° BCM da Força Pública Mineira, e se tornaram fraternos amigos de uma vida inteira. Em 1934, no Rio de Janeiro, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Brasil e obteve o primeiro emprego, como revisor do jornal A Batalha, de Júlio Barata, estreando também como articulista. Em 1935, Bastos Tigre publica suas poesias na revista Fon-Fon. Longe, ainda, de se tornar escritor, Geraldo França de Lima continuava sendo inveterado freqüentador de bibliotecas e livrarias.
Em 9 de dezembro de 1938 colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas. Depois de rápida passagem por Araguari, voltou para Barbacena, como professor do Ginásio Mineiro, nomeado pelo governador Benedito Valadares. Em Barbacena, nos dias incertos da Segunda Guerra Mundial, conheceu o escritor francês Georges Bernanos, de quem se tornou amigo e confidente. Ali, iniciou vagarosamente todo o plano de sua obra literária.
Em 1951, reapareceu no Diário de Notícias, com o poema "Saudades sugeridas". Em 1960, Paulo Rónai abriu-lhe as colunas de Comentário, publicando o artigo "Com Bernanos no Brasil", de larga repercussão no exterior, considerado o depoimento mais autêntico sobre o escritor francês. Foi assessor do presidente do Conselho de Ministros, Dr. Tancredo Neves, e do Presidente Juscelino Kubitschek.
O ano de 1961 levou Geraldo França de Lima definitivamente para a vida literária. Guimarães Rosa, almoçando em casa do amigo, encontrou na escrivaninha os originais do romance Uma cidade na província. Levou-os consigo e, entusiasmado, leu-os no mesmo dia. Pela madrugada, ao terminar a leitura, telefonou para dona Lygia, esposa do romancista, e emocionado transmitiu-lhe sua impressão: "Ou muito me engano ou estou na frente de um grande romancista." Mudou-lhe o nome para Serras azuis, providenciou-lhe a publicação, indo pessoalmente procurar o editor Gumercindo Rocha Dórea. Na tarde do lançamento, na Livraria Leonardo da Vinci, em 2 de junho de 1961, Guimarães Rosa pediu a palavra e num longo discurso relatou sua amizade com Geraldo França de Lima, terminando com a apologia do romance. O sucesso alcançado valeu ao livro o Prêmio Paula Brito Revelação Literária 1961, da Biblioteca Pública do Estado da Guanabara. Em 1969, a União Brasileira de Escritores, sob a presidência de Peregrino Júnior, conferia o Prêmio Fernando Chinaglia a Jazigo dos Vivos, considerado o melhor romance de 1968. Em 1972, recebeu a grande láurea do Conselho Estadual de Cultura da Guanabara, o Prêmio Paula Brito Ficção, destinado a conjunto de obra. Em 1991, recebeu o Prêmio Nacional de Literatura Luísa Cláudio de Sousa, conferido pelo PEN Clube do Brasil ao romance Rio da vida. Em 1994, o Troféu Guimarães Rosa foi concedido a Folhas ao léu como conjunto de melhores contos.
Em 1973, o crítico francês Jean Roche, diretor dos Estudos Luso-Brasileiros na Universidade de Toulouse, em artigo para a revista Caravelle, apontou Jazigo dos Vivos como digno do Prêmio Goncourt, de Paris.
Em 1988 formou com o senador Afonso Arinos de Melo Franco, Otto Lara Resende e Osvaldo França Júnior a comissão contra a emancipação do Triângulo Mineiro.
Pertence às seguintes instituições literárias e artísticas: Academia de Letras do Triângulo Mineiro, União Brasileira de Escritores, Academia Brasileira de Arte e PEN Clube do Brasil.
Nascido em Araguari, MG, no coração do cerrado do Triângulo Mineiro, autor de quatorze ob ras, entre romances e contos, o escritor foi amigo pessoal e secretário de George Bernanos no período que este habitou o Brasil. Além disso, recebeu todas as atenções do amigo Guimarães Rosa, que apadrinhou a edição do primeiro romance Serras azuis , tendo inclusive contatado o editor e discursado na primeira noite de autógrafos. Gerado França de Lima dispõe, com os familiares, de uma série de documentos, correspondências inéditas de Guimarães, Bernanos, acadêmicos amigos, dentre outros. Através desse estud o e desse resgate disponibilizado pelos membros da família, espera - se desvelar e ilustrar uma parte da biografia, das memórias e da literatura deste acadêmico ainda pouco conhecido da crítica e dos leitores.
Obras: Serras Azuis, romance (1961); Brejo Alegre, romance (1964); Branca Bela, romance (1965); Jazigo dos Vivos, romance (1969); O nó cego, romance (1973); A pedra e a pluma, romance (1979); A herança de Adão, romance (1983); A janela e o morro, romance (1988); Naquele Natal, romance histórico (1988); Rio da vida, romance (1991); Folhas ao léu, contos (1994); Sob a curva do sol, romance (1997).
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Resumo da Historia do Brazil para uso das escola primarias brazileiras. Pela professora Maria G L de Andrade Editora: Boston - Ginn & Company Publishers Ano: 1894
Resumo da Historia do Brazil para uso das escola primarias brazileiras.
Pela professora Maria G L de Andrade
Editora: Boston - Ginn & Company Publishers
Ano: 1894
Trazendo uma notável inovação dentro de uma sociedade ainda muito marcada pela discriminação por gênero, em que, se por um lado havia espaço para a mulher nas atividades de ensino na sala de aula, contudo, a rigorosa divisão de funções “intelectuais”, como a autoria de livros didáticos, ainda estava dominada pelo gênero masculino, Maria Guilhermina Loureiro de Andrade rompe com essa situação, ao ser autora de um livro didático de História em fins do século XIX.
De acordo com Circe Bittencourt: “Maria Guilhermina foi professora do Colégio Aquino do Rio de Janeiro depois de ter sido graduada pela Normal School de New York.
Na República, tornou-se mais conhecida pela sua atuação na escola-modelo junto à Escola Normal de São Paulo, após a reforma educacional de Rangel Pestana e Caetano de Campos em 1890”
“Resumo da Historia do Brazil para uso das escolas primarias brazileiras”, publicada pela Ginn & Company, com 277 páginas.
Esta é a constituição do ensino de história, como disciplina escolar durante o estado imperial, para uso nas escolas públicas da Corte no período imperial e primeira república. Através do livro Resumo da História do Brasil para uso das escolas primárias, escrito pela professora Maria Guilhermina Loureiro de Andrade rara autoria feminina de didáticos.
Livro em bom estado, capa dura, com ilustrações.
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