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quarta-feira, 24 de março de 2021

Renato Kehl Biblia da saude Hygiene Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1926

 







Renato Kehl

Biblia da saude (Hygiene).

Rio de Janeiro: Francisco Alves,

1926.

Livro em bom estado de conservação, capa dura, escasso, não perca, saiba mais ....
512p, capa dura original, escasso, não perca.

Trata-se de um grande clássico de caráter universal primordial para a educação. Possui texto de fácil entendimento que estimula o leitor a pensar e refletir sobre o tema proposto.
Superioridade Racial, nazismo, Eugenismo, infertilização forçada, Etc.


1ª e única edição deste raro exemplar e documento que atesta o racismo eugênico entre nós e sua tentativa de afirmação e de institucionalização, um livro que deve ser estudado, relido e analisado para a construção de um Brasil mais ameno, se quisermos.

Livro com diversas ilustração ao texto, algumas em papel especial do tipo couché.

Livro que se destina a falar da saúde e higiene humana como fator de discriminação segundo pressupostos eugênicos, atributo, entretanto, muito raro em um país de mestiços, sujos e aleijões.
Se propõe a discutir possibilidades de melhoramento, via artifício.
Melhorar a raça eliminando o elemento inferior presente em nosso país, tal como todos nós sabemos, fizeram os Nazistas na decada de 40, seguindo os eugenistas nrte-americanos e europeus na década de 20, só aí daria panao pra manga, o assunto vai longe .... Livro imperdível....





"A única parte útil da medicina é a higiene"
Tal reivinicação, atravessa o século XIX, prolongando e se atualizando no século XX, como evidenciado na Biblia da saude do eugenista brasileiro Renato Kehl.

Segundo ele, era necessário propagar a afirmação "cartesiana" de que cumpria à medicina a solução dos problemas que mais interessam "á grandeza e á felicidade dos habitantes deste planeta", porque "só ela, pela higiene, o mais belo florão da sua coroa", poderia promover o bem-estar físico e moral e a evolução somática e intelectual da humanidade.

Ao apresentar a primeira "pílula da vida", o eugenista tropical, apoiando-se no francês Lacassagne, tratava de definir a higiene como:

"Arte de conservar a saude, e si é verdade, como diz a sabedoria antiga, que a saude é o primeiro dos bens, a hygiene deve ser a primeira das artes.
Sim é arte e não sciencia; representa a aplicação de todos os conhecimentos com o objectivo coordenado de proteger a saude, prolongando a vida dentro dos limites optimos de sua duração normal. E é arte victoriosa, conseguindo aos poucos expurgar o planeta das pestes, das infecções, sanear regiões insalubres, valorizar o solo e beneficiar a vida humana em todos os sentidos"








Para o pensamento social hegemônico na época, fortemente influenciado pelo “eugenismo”, não tínhamos conhecido o desenvolvimento econômico e social de outras nações porque fatores como o clima e a “mistura” com raças inferiores haviam gerado uma população preguiçosa, indisciplinada e pouco inteligente.

Esta inferioridade biológica seria a causa da inadaptabilidade à sociedade moderna e industrial.

Médico, farmacêutico e eugenista, Kehl gesta, no interior de suas obras discussões sobre diversos temas, dentre eles: maternidade, Educação, Higiene, Saneamento e a Educação Física.

Nascido em Limeira, interior de São Paulo, formou-se em Farmácia, em 1909, pela Escola de Farmácia de São Paulo, e em Medicina em 1915, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, títulos que lhe conferiram status e o auxiliaram a dar voz à Ciência Eugenia.

Constituída como movimento político-científico que visava a melhoraria da condição racial, a Eugenia estava fadada ao desenvolvimento da espécie. No Brasil, por volta do início da década de 1910, esta ciência ganhou alguns adeptos dizendo ser a salvação para o caso de multi-raças que aqui se instaurara. 

 

A herança da política escravocrata, somada à intensa imigração européia e
posteriormente japonesa, fez com que os olhares da elite letrada recaíssem no desânimo. 5 A Eugenia seria a ciência capaz de curar os males produzidos pela miscigenação, pelo negro, pelo índio, pelos italianos e japoneses. Muito mais que regenerar racialmente a população brasileira, a Eugenia carregava, em seus preceitos, ares de um civismo europeu que aportaria neste país para
endireitar corpos e embelezar o povo.

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