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terça-feira, 22 de março de 2022

JAMES GEORGE FRAZER O Ramo de Ouro Editora: Guanabara 1982 páginas: 252





JAMES GEORGE FRAZER

O Ramo de Ouro

Editora: Guanabara

1982

páginas: 252



A obra clássica de James G. Frazer, um dos textos mais belos da antropologia.

Preparada por Sabine MacCormack, a obra apresenta uma nova leitura sucinta, a partir dos originais.

A autora fornece as linhas do pensamento e as alegorias básicas de Frazer.



diversos assuntos são abordados na obra, entre os quais, Magia simpatica, o controle das condiçoes atmosfericas, Os reis Divinos, O culto das Arvores, A influencia dos sexos sobre a
vegetaçao, o casamento sagrado, o culto do carvalho, a mortalidade dos Deuses, a necessidade de eliminaçao do rei divino, alternatives da eliminacao do rei, A eliminaçao do espirito da arvore, o mito de Adonis e de Demeter e Persefone. A eliminaçao do mal, os bodes expiatorios, As Saturnalias. Bem como mitos das festas de fogos.


Seu livro tem ajudado muito a entender a evolucao do mito e da religiao antiga. A importancia de seu trabalho foi trazer para o amplo conhecimento temas referentes a aspectos simbolicos do comportamento humano, dos ritos de celebracao. Tudo ligado a como o homem busca controlar o mundo a reu redor.




Sacrifícios humanos e espíritos não chegam a constituir um problema sério na cultura moderna,
e o mesmo se pode dizer dos cultos demoníacos do canibalismo. Se os ídolos manchados de sangue
têm algum lugar em nosso esquema de idéias, esse lugar é na ficção científica e nos filmes de
terror. O final dessas histórias sangrentas nunca explica a crueldade dos sacerdotes e de seus
fanáticos seguidores, exceto através de um toque fantasioso, como a insinuação da existência de
poderes satânicos à solta no mundo ou — mais moderadamente — apresentando os vilões como lunáticos perigosos. Mas esses mesmos temas, hoje usados no entretenimento, foram objeto de
grande interesse intelectual e provocaram reflexões sérias entre os eruditos de há cem anos.
O alvorecer do pensamento humano foi um problema de importância fundamental para os pensadores do século XIX. Num certo momento de sua evolução, nossos ancestrais se distinguiram dos animais selvagens, e certamente a consciência que passaram a ter de si mesmos foi gradualmente eliminando os resquícios da origem animal. Os mais remotos esforços do homem para compreender o mundo seguramente devem ter sido marcados por crueldades bestiais e erros grosseiros. Os costumes dos povos primitivos proporcionaram algumas chaves para a compreensão do pensamento
arcaico, e informações novas sobre crenças aparentemente insanas chegaram em profusão à Europa graças aos relatos de exploradores, comerciantes e missionários. Dar sentido ao que parecia insensato e absurdo foi o grande desafio daquela época. A atenção popular voltou-se para os antropólogos, que se empenhavam numa corrida internacional para decifrar um código que então parecia tão excitante quanto qualquer coisa que os físicos possam dizer a um público moderno sobre a vida em outros planetas.


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