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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Romeu de Avelar Numa Esquina do Planeta Alagoas alagoano literatura nordeste brasil nordestino etc

Romeu de Avelar

Numa Esquina do Planeta

Marques Araujo & Cia. Rio

1932


livro em bom estado de conservação, 184 pg. capa dura, manteve-se a capa brochura original, livro escasso, com grifos do antigo dono, não perca saiba mais...

Autor polêmico e cassado em sua época, teve livros censurados, visitou a cadeia, etc ...

Elegante no trajar e nos gestos, tinha média estatura, cabeleira,meia costeleta e bigode aparados, parecendo um fidalgo saído das páginas de um romance das primeiras décadas do século.

Companheiro, desde cedo, de intelectuais admiráveis como Lima Barreto, Agripino Grieco, Humberto de Campos, Olegário Mariano, Hermes Fontes, Bastos Tigre, Pontes de Miranda, Jorge de Lima e tantos outros notáveis expoentes das letras nacionais daquela época, o alagoano Luís de Araújo Moraes, nome de batismo do escritor, jornalista, radialista, crítico literário, político, homem de sociedade e boêmio, Romeu de Avelar, nascido na cidade de São Miguel dos Campos, em 23 de março de 1896, e participante ativo dos movimentos culturais das cidades de Maceió, Recife, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

Filho de Methodio da Silva Moraes e Dona Maria Andréia de Araújo Moraes, faleceu em 20 de dezembro de 1972, num desastre automobilístico, quando, em companhia de sua segunda mulher, a jornalista e poeta Hyldete Favilla, viajava para Maceió a fim de autografar o seu livro Calabar.

Desde 1918, foi colaborador efetivo do Jornal de Alagoas e, posteriormente, da Gazeta de Alagoas, sendo conhecido juntamente com seus irmãos, o poeta Tancredo de Moraes e o médico e combativo jornalista Delorizano de Araújo Moraes, como beletristas e políticos arrebatados, nas diversas oportunidades com que tiveram de manifestar suas opiniões, culminando com o célebre acontecimento político conhecido como o "tiroteio do Hotel Bela Vista", na Interventoria Osman Loureiro.

Depois da preterição sofrida pelo seu amigo e correligionário Silvestre Péricles de Góes Monteiro, voltou para o Rio de Janeiro, onde passou a escrever nas revistas Vamos Ler, Carioca, Noite Ilustrada, Panfleto e Ilustração Brasileira. Em 1948, voltou a Alagoas, quando foi nomeado diretor da Imprensa Oficial e colaborou nos diversos jornais da nossa capital.

Eleito para a Academia Alagoana de Letras, não foi tomar posse, fato que gerou desentendimentos e polêmicas, inclusive com o presidente Orlando Araújo, uma das mais respeitáveis e destacadas figuras daquela época. Voltando a residir no Rio de Janeiro, foi chefe dos jornais falados da Rádio Mauá, tendo sido logo após seu diretor, cargo em que se aposentou.

Novamente em Alagoas, foi nomeado delegado do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários, candidatou-se à Câmara Federal, não logrando eleger-se, mas participou da vitória de Silvestre Péricles contra Arnon de Mello para o Senado da República, o que o fez retornar ao Rio e ocupar função destacada na administração do IPASE.

Ele era bom de papo e bom de briga. Sua pena corria solta, intimorata, leve ou pesada, dependendo do julgamento que fizesse. Muitas vezes foi criticado e outras tantas elogiado, de acordo com a disposição dos atingidos ou nomeados pelos escritos mordazes, intencionados, diretos, estocadas de florete ou afago sincero e generoso de um cavalheiro, que em pleno século XX ainda vestia armadura, usava punhos e colarinhos impecavelmente engomados e tinha nome de nobre italiano.

Tendo vida literária e jornalística intensa, escreveu para os melhores jornais e revistas do país, deixando os seguintes livros publicados:

Tântalos,
Numa Esquina do Planeta,
Calabar,
Os Devassos,
À Sombra do Presídio,
Figuras da Terra,
Crônicas de Ontem e de Hoje,
General Góes Monteiro: O Comandante de um Destino,
Coletânea de Poetas Alagoanos,
Antologia dos Contistas Alagoanos,
A Pensão de Dona Brígida,
O Último Deputado,
Não há Felicidade.

Romeu de Avelar foi um dos maiores escritores de Alagoas.

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