Pesquise neste Blog

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Discursos e Conferencias Joaquim Nabuco 1911

Discursos e Conferencias

Joaquim Nabuco

editora: Benjamin Aguila - Impresso em Nova York

ano: 1911

descrição: Livro em bom estado.


Discursos e conferências nos Estados Unidos - tradução do inglês de Artur Bomilcar (1911);




----------

Joaquim Nabuco

Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, diplomata, político, orador, poeta e memorialista. Nasceu em Recife, Pernambuco, em 19 de agosto de 1849, e faleceu em Washington, Estados Unidos da América, em 17 de janeiro de 1910. Fundador da Academia Brasileira de Letras ocupou a Cadeira de nº 27, que tem como patrono Maciel Monteiro. Exerceu o cargo de secretário-geral da Instituição, tendo sido agraciado com o título de “secretário perpétuo.”



Era filho do Senador do Império José Tomás Nabuco de Araújo, e de Ana Benigna Barreto Nabuco de Araújo, irmã do marquês do Recife, Francisco Pais Barreto. Estudou humanidades no Colégio Pedro II, bacharelando-se em letras no ano de 1860.

Em 1865, seguiu para São Paulo, onde cursou os três primeiros anos de Direito. Formou-se no Recife, em 1870. Em 1867 funda o jornal Tribuna Liberal e escreve artigos para o jornal o Ipiranga, posteriormente também escreve para a Reforma, o jornal o Globo, e o Jornal do Comércio.

Na Maçonaria, ele foi iniciado em Dezembro 1868, quando ainda estudava Direito, em, São Paulo, na Loja América, um pouco antes de seu colega Ruy Barbosa ser iniciado na mesma loja. A Loja “América” nessa época, fazia parte do Grande Oriente Unido, de Saldanha Marinho, e Nabuco, em 1875, foi escolhido como representante da Loja junto a essa Obediência no Rio.

Ingressou no serviço diplomático, como adido de primeira classe em Londres, depois em Washington, de 1876 a 1879. Atraído pela política interna, foi eleito deputado geral por sua província, vindo então a residir no Rio. Sua entrada para a Câmara marcou o início de sua campanha em prol do Abolicionismo, que logo se tornou causa nacional; na defesa da qual ele tanto cresceu na admiração de todos os brasileiros. De 1881 a 1884, Nabuco viajou pela Europa. Em 1883, em Londres, publicou o livro, O Abolicionismo.

Ao regressar ao país, foi novamente eleito deputado por Pernambuco, retomando o lugar de líder da campanha abolicionista, inclusive teve audiência particular com o papa Leão XIII, na qual relatou a luta pelo abolicionismo no Brasil, tendo provavelmente influenciado o sumo pontífice na elaboração de uma encíclica contra a escravidão, abolida no Brasil em 1888. Ao ser proclamada a República, em 1889, afastou – se da política em face das suas convicções monarquistas.

Nessa fase de espontânea abstenção política, Joaquim Nabuco viveu no Rio de Janeiro, exercendo a advocacia e fazendo jornalismo. Freqüentava a redação da Revista Brasileira, onde estreitou relações e amizade com as mais altas figuras da vida literária brasileira, Machado de Assis, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça, de cujo convívio nasceria a Academia Brasileira de Letras, em 1897.

Publicou artigos, poemas, livros, e traduções de obras, em diversas línguas, dentre estas obras, valem destacar, Camões e os Lusíadas (1872); Amour et Dieu, poesias líricas (1874); O Abolicionismo (1883); O erro do Imperador, história (1886); Escravos, poesia (1886); Porque continuo a ser monarquista (1890); Balmaceda, biografia (1895); A intervenção estrangeira durante a revolta, história diplomática (1896); Um estadista do Império, biografia, 3 tomos (1897-1899); Minha formação, memórias (1900); Escritos e discursos literários (1901); Pensées detachées et souvenirs (1906); Discursos e conferências nos Estados Unidos, tradução do inglês de Artur Bomilcar (1911), Nabuco de Araújo, Sua vida, Suas opiniões, Sua época, e Discursos Parlamentares, ambos de publicação póstuma.

Em 1900, o Presidente do Brasil, Campos Sales, convidou a Joaquim Nabuco para assumir o cargo de ministro plenipotenciário em missão especial em Londres, na questão do Brasil versus a Inglaterra, a respeito dos limites da Guiana Inglesa.

Em 1901, foi acreditado em missão ordinária, como embaixador do Brasil em Londres e, a partir de 1905, em Washington. Em 1903, foi publicado em Paris o livro O direito do Brasil (primeira parte) em que analisou as razões do Brasil na contenda com a Inglaterra a respeito de uma área territorial fronteiriça com a Guiana Inglesa.



Em 14/06/1904; o rei Victor Emanuel da Itália proferiu o laudo arbitral na questão da Guiana Inglesa, dividindo o território disputado em duas partes - 3/5 para a Grã-Bretanha e 2/5 para o Brasil - o que foi considerado por todos, inclusive por Nabuco, como uma derrota para o Brasil. Em 1906, veio ao Rio de Janeiro para presidir a 3ª. Conferência Pan-Americana. Em sua companhia veio o Secretário de Estado Norte-americano Elihu Root. Ambos eram defensores do pan-americanismo, no sentido de uma ampla e efetiva aproximação continental.



Grande também era o seu prestígio perante o povo e o governo norte-americano, manifestado em expressões de admiração de homens eminentes, a começar pelo Presidente Theodore Roosevelt; e nas recepções das Universidades, nas quais proferiu uma série de conferências, propaganda viva da cultura brasileira.



Joaquim Nabuco destacou – se de forma invulgar, em todas as atividades que empreendeu, no exercício da advocacia, na poesia, nas letras, na diplomacia e na política, consolidando os seus nobres ideais em ações corajosas e perseverantes.



Quando faleceu, em Washington em 17 de janeiro de 1910, seu corpo foi conduzido, com solenidade excepcional, comparável à concedida aos chefes de Estado, para o cemitério da capital norte-americana, e posteriormente foi trasladado para o Brasil, no cruzador North Caroline. Do Rio de Janeiro foi efetuado o translado para o Recife.


". . . afirmo e juro que tendo ascendido aos graus mais íntimos daquela Ordem ( a Maçonaria ) ali nunca vi uma idéia que fosse incompatível com a religião do Estado. Nos meus discursos proferidos na Loja ou no Grande Oriente, sempre tive por escopo demonstrar que a Maçonaria não era contrária ou hostil à religião católica."
Joaquim Nabuco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, envie seu comentário para philolibrorum@yahoo.com.br responderemos o mais breve possível.