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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Força da Tradição - a Persistência do Antigo Regime Arno Mayer





A Força da Tradição - a Persistência do Antigo Regime

Arno Mayer

editora: Companhia das Letras

ano: 1990

descrição: Brochura, 352 páginas. Bom estado. extremamente escasso, não perca, saiba mais ...

"Esta obra de Arno Mayer provoca, entre tantos efeitos, sobretudo o de fazer despencar, a cada página e a cada capítulo, uma série de mitologias com que se pressupunha acabado e indiscutível o "modelo explicativo" do andamento da sociedade européia pós-revolução industrial e pós-revolução francesa. Tudo se poderá dizer deste livro, menos que fuja à polêmica contra interpretações até aqui canônicas sobre os nexos entre o novo mundo burguês e as formas econômicas, sociais, políticas, artísticas, culturais e ideológicas do chamado Antigo Regime. No estilo direto da prosa histórica anglo-saxônica de esquerda, Mayer, com ironia, mas sem descuidar de um amplo e rigoroso arsenal empírico, constrói uma tese original e bastante convincente que altera de modo decisivo o entendimento dos séculos XIX e XX, não só na Europa, mas no mundo todo. Cai o mito da revolução industrial homogênea, generalizada e irreversível; cai o mito da eterna burguesia em ascensão, paladina do progresso humano; cai o mito de uma Europa crescentemente capitalista, liberal e democrática, após a tomada da Bastilha; cai o mito de vanguardas modernistas que presumivelmente faziam e aconteciam. Mayer não poupa nem sequer alguns monstros sagrados da sociologia e da filosofia, como Max Weber e Nietzsche. Esta revisão radical da história européia é tanto mais notável quanto calcada, basicamente, na releitura de textos há muito disponíveis." Francisco Foot Hardman


No estilo direto da prosa histórica anglo-saxônica de esquerda, Mayer, com ironia, mas sem descuidar de um amplo e rigoroso arsenal empírico, constrói uma tese original e bastante convincente que altera de modo decisivo o entendimento dos séculos XIX e XX, não só na Europa, mas no mundo todo. Cai o mito da revolução industrial homogênea, generalizada e irreversível; cai o mito de uma Europa capitalista, liberal e democrática, após a tomada da Bastilha; cai o mito de vanguardas modernistas que presumivelmente faziam e aconteciam. Mayer não poupa nem alguns monstros sagrados da sociologia e da filosofia, como Max Weber e Nietzsche.

A persistência do antigo regime: 1848-1914; Tese original e bastante convincente que altera de modo decisivo o entendimento dos séculos XIX e XX não só da Europa, mas a nível internacional...


Arno Mayer escreve em seu livro "A força da tradição" como os Anciens Régimes tiveram grande importância, quase que fundamental, para a deflagração da Primeira Guerra Mundial. Em seu livro ele fala dos problemas que estes regimes causaram ao desenvolvimento de uma burguesia industrial, devido ao fato da aristocracia querer prolongar sua permanência no poder.

No começo do século XX, a nobreza (sociedade política) era o sustentáculo de toda a sociedade. Todos os altos postos de comando dos exércitos e os altos cargos políticos estavam preenchidos com os aristocratas da época, algo que estes não abriam mão, devida a sua posição na sociedade (poder, comando e status) mesmo não estando aptos para exercerem tais funções.

Barão Von Richthofen (Barão Vermelho) se enquadra perfeitamente no pensamento de Arno Mayer. Isto se dá, pois por pertencer a nobreza da época, ainda lutava para manter seu status de sua classe intacto. Como nobre seguia a tradição de lutar o mais honrosamente o possível, e com isso não poderia segundo seus ideais, lutar em uma guerra de trincheiras em que não tem o menor contato com seus adversários. Por isso ele resolveu se especializar nos combates aéreos, que ainda poderiam manter a honra e a dignidade da nobreza acima do "resto" dos soldados não nobres.

Portanto, juntando ambos os fatos, vemos que a idéia de evitar que os Anciens Régimes se desintegrassem foi o fato mais marcante para aPrimeira Guerra Mundial. Isto não se deve ao crescimento da burguesia,mas principalmente a decadência cada vez mais rápida da nobreza.

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