A Idade Média que não nos contaram.
Régine Pernoud.
Agir
1994
livro em bom estado, brochura , escasso, não perca, saiba mais ...
Uma visão abrangente do Medievo pela pena de Régine Pernoud (1909-1998), excelente medievalista, arquivista e paleógrafa francesa.
Seria indispensável pesquisar não somente as coleções sobre os costumes ou os estatutos das cidades, mas também, os cartulários, os documentos judiciários ou, ainda, os inquéritos [...] colhidos na vida cotidiana, mil pequenos pormenores colhidos por acaso e sem ordem preconcebida, que nos mostram homens e mulheres através dos menores atos de sua existência: aqui a queixa de uma cabeleireira, ali a de uma salineira [...] de uma moleira, da viúva de um agricultor, de uma castelã, da mulher de um cruzado, etc. É por documento deste gênero que se pode, peça por peça, reconstituir, como em um mosaico, a história real. Ela nos parece aí, é
inútil dizer, muito diferente das canções de gesta, dos romances da cavalaria ou das fontes literárias que tão freqüentemente tomamos como históricas!
A Idade Média, ainda é vista por muitos como um período de barbárie e ignorância, onde predominou um vazio, fazendo com que a humanidade estagnasse. A igreja e a nobreza são apontadas como culpados por isso, pois escondiam os conhecimentos do povo, colocando o mundo em direção as trevas.
Esse tipo de pensamento não passa de um amontoado de tolices. Houve sim um pensamento cultural no medievo e algumas das realizações mais importantes da humanidade aconteceram neste período.
Na década de 70, quando Ken Follett, autor de Best Sellers muito conhecidos, ainda era um repórter do London Evening News,visitou uma catedral na cidadezinha de Peterborough, para passar o tempo enquanto o trem não chegava.
A visita foi o início de uma obsessão que levou quinze anos para se transformar no livro que muitos consideram a sua obra prima, "Os Pilares da Terra", mergulhando na Inglaterra do século XII e na construção minuciosa de uma catedral gótica.
Folllet nos mostra os cálculos dos arquitetos, suas influencias no oriente e o trabalho de engenheiros e operários.
Junto ao seu trabalho podemos citar a obra do historiador Georges Duby “O Tempo Das Catedrais”, onde ele extrai a produção artística medieval, colocando-a na vida, mostrando o esforço da criação de formas de arte neste período.
Régine Pernoud, destrói os chavões habituais em duas obras clássicas: “Luz Sobre a Idade Média”e “Idade Média – O Que Não Nos Ensinaram”, reabilitando os séculos das trevas, abrindo caminhos de descobertas sobre o período.
Existem inúmeros historiadores medievalistas que romperam com a tradição da “Idade Das Trevas”, citando alguns, Jose Angel Garcia Cotazar, Jacques Le Goff e o brasileiro Hilário Franco Júnior.
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