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quinta-feira, 11 de março de 2010

Invenção Mitologia M. Detienne - Historia Nova Hartog Finley




Autor: Marcel Detienne

Título: A invenção da Mitologia

Editora: José Olympio

Ano: 1992 Páginas: 250




Comentário: Livro em bom estado,coda17. brochura, muito escasso, um dos melhores do autor.

Tradução de André Telles e Gilza Martins Saldanha da Gama. Revisão técnica Junito Brandão e Roberto Lacerda.

Segundo Marcel Detienne, os conteúdos constantes de cada um dos três estágios da produção mitológica tinham por objetivo persuadir, enfeitiçar, encantar: esta seria a única política do mito na cidade dos filósofos . Em última análise, tratar-se-ia de um encantamento cujo poder é tão espantoso que a cidade encantada faz ouvir uma única e mesma voz Dentro do que o saber histórico chama de mitoso, o ilusório se nutre da memória antiga, e o fictício se apropria das narrativas dos logógrafos, das investigações dos arqueólogos e das litanias dos genealogistas". Livro apreciado e escasso. Conseguimos outros títulos..


"A invenção da mitologia", de Marcel Detienne, publicado em 1982 , foi o marco inicial de um "intenso debate" desenvolvido ao longo das duas décadas seguintes, gerado pela sua "tese cortante" de que o mito e a mitologia são duas invenções arbitrárias e inadequadas para o estudo de toda e qualquer tradição. Todavia, no âmbito da história em geral, e da história brasileira em particular, esse debate parece ter passado desapercebido. Por essa razão, o que deveria ser apenas um artigo instigado pela leitura de uma das obras "pós-estruturalistas" tornou-se o resultado preliminar de um projeto de pesquisa que pretende analisar e sistematizar o conteúdo da "crítica radical" ao mito, de autores como M. Detienne e Claude Calame, avaliar o debate suscitado por ela e, principalmente, verificar as implicações dessa polêmica para a concepção de "história verdadeira".

O projeto de uma "história verdadeira", assegura François Hartog, assumiu diversas formas, desde Tucídides, seu criador, até versões contemporâneas como a "história científica" e a "nova". Todas elas, porém, sugerem ou afirmam que há, em contraposição à sua forma correta de produzir e escrever o conhecimento, uma ou diversas maneiras erradas. Na obra tucidideana, e em muitas outras, modernas e contemporâneas, o mito desempenha um papel fundamental nessa operação.

Mito, originalmente, significa "discurso", "conjunto de palavras que têm um sentido, um propósito"; pertence à ordem do legein e não contrasta com lógos, "termo de valores semânticos vizinhos que se referem às diversas formas do que é dito". Para assumir o sentido de "mentira", "fábula", "discurso equivocado e ilusório", em contraposição ao lógos qualificado como verdadeiro, lógico, racional, foi preciso um trabalho de re-significação por parte de saberes como a História, que elaboraram sua legitimidade denunciando a tradição . Ao final, mito não se tornou propriamente um conceito, mas a noção que permitiu, e permite, à "história verdadeira" se afirmar como tal. Este é um dos aspectos importantes da crítica radical ao mito, pois coloca em dúvida o poder analítico da antítese lógos-mito e pode abrir novas perspectivas para compreensão do que são, hoje, a história e o historiador....


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