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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Brigada Potyguara Tenente Amilcar Salgado dos Santos - A Revolta Paulista de 1924, também chamada de "Revolução de 1924" "Segundo 5 de julho" revolta tenentista Isidoro Dias Lopes Joaquim Távora, Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil, João Cabanas


Brigada Potyguara

Tenente Amilcar Salgado dos Santos


1925


livro em brochura original, com 157 pgs, com reforço na capa feito pelo antigo dono,  bom estado geral de conservação, escasso, não perca, saiba mais


A Revolta Paulista de 1924, também chamada de "Revolução de 1924" e de "Segundo 5 de julho", foi a segunda revolta tenentista.

Foi o maior conflito bélico já ocorrido na Cidade de São Paulo. Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, a revolta teve a participação de numerosos tenentes, entre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas.



Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924 ( 2º aniversário da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, primeira revolta tenentista), a revolta ocupou a cidade por vinte e três dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o interior de São Paulo, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos Campos Elíseos, sede do governo paulista na época.


No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras. Os revoltosos entraram em contato com o vice-presidente do estado Coronel Fernando Prestes de Albuquerque em Itapetininga convidando-o para assumir o governo revolucionário em São Paulo.

O Coronel Prestes que já organizara um batalhão em defesa da legalidade, na região da Estrada de Ferro Sorocabana, respondeu aos revoltosos: Só aceitaria o governo das mãos do Dr. Carlos de Campos, livre, espontaneamente, legalmente!

A Cidade de São Paulo foi bombardeada por aviões do Governo Federal. O exército legalista (leal ao presidente Artur Bernardes) utilizou-se do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial bairros operários como a Mooca e o Brás, e de classe média, como Perdizes (distrito de São Paulo).

Sem poderio militar equivalente (artilharia nem aviação) para enfrentar as tropas legalistas, os rebeldes retiraram-se para Bauru, onde Isidoro Dias Lopes ouviu notícia de que o exército legalista se concentrava na cidade de Três Lagoas, no atual Mato Grosso do Sul.


Isidoro Dias Lopes e Juarez Távora planejaram, então, um ataque àquela cidade. A derrota em Três Lagoas, no entanto, foi a maior derrota de toda esta revolta. Um terço das tropas revoltosas morreu, feriram-se gravemente, ou foram capturadas. Vencidos, os revoltosos marcharam, então, rumo ao sul do Brasil, onde, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, uniram-se aos oficiais gaúchos comandados por Luís Carlos Prestes, no que veio a ser o maior feito guerrilheiro no Brasil até então: a Coluna Prestes.


Os revoltosos foram finalmente derrotados nos primeiros dias de agosto de 1924, retornando o Presidente Carlos de Campos à capital paulista. Um inquérito feito pelo Governo do Estado de São Paulo, logo após o fracasso do movimento subversivo de julho de 1924, detectou inúmeros casos de vandalismo e estupros no interior do estado de São Paulo, especialmente sob os olhos do Tenente João Cabanas, que comandava um grupo de revoltosos, que foi denominado como A Coluna da Morte.

O inquérito também apurou que muitos coronéis do interior que faziam oposição ao Dr. Carlos de Campos apoiaram o movimento subversivo de julho. O general de Divisão Abílio Noronha, comandante da 2ª Região Militar que abrangia São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, acusou políticos de estarem por trás da revolta, incitando os militares a aderirem à revolução.

O General Noronha criticou também a retirada precipitada, da capital paulista, do presidente do estado e das tropas leais a ele, alegando que o governo paulista tinha condições de ter resistido e vencido os revoltosos, logo no início da revolta, e dentro da cidade de São Paulo.

Os tenentes e demais militares que participaram desta revolta e das demais revoltas da década de 1920 receberam anistia dada por Getúlio Vargas logo após a vitória da Revolução de 1930. No bairro de Perdizes (distrito de São Paulo), a revolução de 1924 ainda é comemorada anualmente até hoje em dia.





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Bibliografia relacionada ao tema, caso haja interesse contacte-nos:


Revista da Semana, número extraordinário, São Paulo, edição de agosto de 1924.

S. Paulo triumphante, in "Folha do Povo", Ano I, número I, Itapetininga, 6 de agosto de 1924.

ALVES SOBRINHO, Rufino, São Paulo Triunfante: depoimento e subsídio para a história das revoluções de 22, 24, 30 e 32, no Brasil, São Paulo, Edição do autor, 1932.

AMERICANO, Jorge, A lição dos fatos - Revolta de 5 de julho de 1924, Editora Saraiva, 1924.

CABANAS, João, A Columna da Morte Sob o commando do Tenente Cabanas, Livraria Editora Almeida & Torres, Rio de Janeiro, 1927.

CABRAL, C. Castilho, Batalhões Patrióticos na Revolução de 1924, Editora Livraria Liberdade, 1927.

CAMARGO, Ayres de, Patriotas Paulistas no Columna Sul, Editora Liberdade, 1925.

CARNEIRO, Glauco, História das Revoluções Brasileiras, 2 Volumes, Editora O Cruzeiro, 1965.

CINTRA, Assis, O Presidente Carlos de Campos e a Revolução de 5 de Julho de 1924, Editora São Paulo, 1952.

COHEN, Ilka Stern, Bombas sobre São Paulo, A Revolução de 1924, Editora Unesp, 2006.

CORRÊA, Anna Maria Martinez, A rebelião de 1924 em São Paulo, Editora Hucitec, 1976.

CORREA DAS NEVES, Siqueira Campos na Zona Nordeste: Subsídio para a História da Revolução de 1924, Editora Typ. J. M. C.

COSTA, Ciro, e GOES, Eurico de, Sob a Metralha....São Paulo - 1924, São Paulo, Editora Monteiro Lobato & Cia., 1924.

DUARTE, Paulo, Agora Nós! Chronica da Revolução Paulista, Editora São Paulo, 1927.

FIGUEIREDO, Antônio dos Santos, 1924 - Episódios da Revolução em São Paulo, Editora Empresa Gráfica Porto, s/d.

GEENEN, Aventuras de uma Família de São Paulo durante a Revolução de 1924, Editora Romero e Comp., 1925.

LANDUCI, Ítalo, Cenas e Episódios da Coluna Prestes e da Revolução de 1924, Editora Brasiliense, 1952.

LEITE, Aureliano, Dias de pavor, Editora Rochéa, 1925.

MACEDO SOARES, Gerson, Acção da Marinha na Revolução Paulista de 1924, Editora Guanabara, 1932.

MACEDO SARES, José Carlos de, Justiça - A Revolta Militar em São Paulo, Editora Impr. Paul Dupont – Paris, 1925.

MEIRELLES, Domingos, A noite das Grandes Fogueiras, São Paulo, Editora Record, 2001.

NOGUEIRA, Edmundo Prestes, Heroísmo desconhecido, Editora Gráfica Regional, Itapetininga, 1987.

NORONHA, General de Divisão Abílio, Narrando a verdade, São Paulo, Editora Monteiro Lobato & Cia, 1924.

IDEM, O Resto da Verdade, Editora Rochéa, 1925.

OLIVEIRA, Nelson Tabajara de, 1924: A Revolução de Isidoro, Companhia Editora Nacional, 1956.


POLÍCIA DE SÃO PAULO, Movimento Subversivo de Julho, São Paulo, Casa Garraux, 1925.

PRESTES DE ALBUQUERQUE, Júlio, 1924 - Um Depoimento, Editora Imesp, 1981.

RIBEIRO, Álvaro, Falsa Democracia: A Revolta de São Paulo em 1924, Editora F. de Piro, 1927.

SANTOS, Tenente Almícar Salgado dos, A Brigada Potyguara, Editora Rochéa, 1925.

SEGATTO, José Antônio, A Light e a Revolução de 1924, Editora Eletropaulo, 1987.

TÁVORA, Juarez, À Guisa de Depoimento Sobre a Revolução Brasileira de 1924, Editora O Combate, São Paulo, 1927.



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